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O Pix ganha força em lugares frequentados por brasileiros no exterior.
Por Administrador
Publicado em 03/08/2025 13:00
Tecnologia

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

 
 
 

Durante as férias de julho, a dentista Tuanny Monteiro Noronha, de Brasília, fez uma viagem ao Paraguai e à Argentina com seu esposo. Nos dois países vizinhos, há uma semelhança com a rotina à qual ela já está acostumada no Brasil: o pagamento de contas por meio do Pix, o sistema brasileiro de transações financeiras instantâneas preferido pelos brasileiros.

 

 

 

 O modelo, desenvolvido pelo Banco Central e implementado no Brasil em 2020, está se espalhando rapidamente por outros países por meio de soluções fornecidas por empresas privadas, principalmente as fintechs, que são instituições focadas em serviços financeiros e tecnologia.

 
 
 

"No Paraguai, em quase todos os lugares aceitavam, nas lojas grandes aceitavam sempre", conta a odontóloga sobre a experiência vivida em Ciudad del Este, que faz fronteira com Foz do Iguaçu, no Paraná, e é reconhecida como um grande centro internacional para compras de produtos eletrônicos.

 
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Já em Buenos Aires, capital argentina, Tuanny conta que quase todos os restaurantes por ela visitados também oferecem a possibilidade do pagamento via Pix. "Eram poucos que não tinham essa opção."

 
 
 

Ampliação do Pix

 
 
 

 Alex Hoffmann, da PagBrasil, relata que a concepção do Pix Internacional ocorreu durante uma viagem de réveillon a Punta del Este, o balneário mais conhecido do Uruguai, há dois anos. "Naquela época, 80% do público era brasileiro. Fazia muito sentido a possibilidade de usar o Pix como forma de pagamento." De acordo com o empresário, poucos meses depois, o serviço já estava funcionando no país vizinho e hoje está bastante difundido.

 
 
 

A intenção é aproveitar a enorme quantidade de visitantes brasileiros nos Estados Unidos anualmente. De acordo com o Escritório Nacional de Viagens e Turismo dos Estados Unidos, 1,9 milhão de turistas brasileiros visitaram o país no ano passado. Esse número deve exceder 2 milhões de visitantes neste ano, com despesas ultrapassando a cifra de US$ 4,9 bilhões.

 
 
 

 Espera-se que, nos destinos mais visitados pelos brasileiros nos EUA, como Flórida e Nova York, a possibilidade de pagamento por meio do Pix esteja cada vez mais disponível, especialmente em grandes estabelecimentos e parques temáticos.

 
 
 

Sistema "imparável"

 
 
 

Recentemente, o presidente norte-americano, Donald Trump, determinou a abertura de investigação contra o Brasil por supostas práticas desleais, incluindo como alvo justamente o modelo de transações do Pix. A medida, no entanto, dificilmente deve parar o avanço dessa tecnologia, avalia Alex Hoffmann.

 

"Eu não consigo ter uma bola de cristal, mas eu acredito e espero que não haja interferências nisso, porque a gente está falando de ingresso de divisas nos EUA. Então, se o governo norte-americano for pragmático, ele vai ver que nós estamos incentivando o turismo de brasileiros viajando pros Estados Unidos e gastando lá com Pix", argumenta.

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