Offline
bolsa atleta
Ambulantes são capacitados para atuar na Festa de Iemanjá e Carnaval
Lazer/Entretenimento
Publicado em 01/02/2024

Vendedores ambulantes que vão atuar na Festa de Iemanjá, nesta sexta-feira (2), e durante os dias do pré-carnaval e Carnaval passaram por um curso de capacitação, no Wet’N Wild, na Avenida Paralela. Para melhor atender o público folião e organizar o negócio, os profissionais cadastrados através da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) receberam noções sobre temas como legislação municipal, técnicas de vendas, práticas de higiene, proibição do trabalho infantil, além de informações sobre a rede de apoio que acolhe os filhos dos ambulantes com menos de 18 anos.

 

A ação aconteceu na última quarta-feira (31), das 8h às 12h, para permissionários com nomes iniciados de A a I. No turno da tarde, das 13h30 às 17h, as aulas foram para aqueles com nomes iniciados de J a Z.

 

Trabalhando no Carnaval de Salvador há mais de duas décadas, Cristiane Souza, 38 anos, espera ansiosa a chegada do período de festas. Desempregada há nove anos, depende da atividade para levar o sustento da família. “Vivo de vender bebidas nas festas populares, e com certeza o Carnaval é o melhor momento para gente. É quando conseguimos um dinheiro a mais”, disse a vendedora, que trabalha no Circuito Dodô (Barra/Ondina).

 

Acolhimento de crianças – Há quatro anos, a vendedora ambulante Daniela França, 40 anos, atua na folia de Momo e não abre mão de participar dos cursos oferecidos pela gestão municipal. Mãe de um pré-adolescente de 13 anos, ela explicou que o filho já fica em casa enquanto trabalha no Circuito Osmar (Centro).

 

“O meu já está grandinho, mas conheço muita gente com filho pequeno que só consegue ganhar um trocado na festa porque a Prefeitura monta uma rede de apoio para acolher as crianças. É muito importante para nós ter esse momento com tantas informações. São instruções para gente fazer melhor o nosso trabalho”, pontuou.

 

A capacitação é uma iniciativa da Semop em parceria com as secretarias de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) e de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) e conta com apoio da Defensoria Pública da Bahia (DPE-BA). A coordenadora de Políticas para Infância, Adolescência e Juventude da SPMJ, Dinsjani Pereira, chamou a atenção para importância do diálogo com os ambulantes antes do início do trabalho.

 

“As famílias não devem levar as crianças e adolescentes para o circuito de Carnaval, pois são muitos os riscos. Estamos aqui para reforçar que temos como acolher de maneira segura, enquanto os pais e mães trabalham. Sabemos que é uma renda necessária, por isso, incentivamos a deixar as crianças conosco para que trabalhem despreocupados. Os filhos estarão em segurança com nossa equipe, livre de qualquer violação”, assegurou Dinsjani. Para este ano, serão disponibilizados cinco centros de acolhimento espalhados em pontos estratégicos dos circuitos.

 

Humanização – O subsecretário de Ordem Pública, Paulo Emannuel Alves, destacou o apoio dado pelo poder público para melhorar as condições de trabalho da categoria, desde a facilitação no processo de cadastramento dos trabalhadores, passando pela melhoria na estrutura e capacitação dos permissionários.

 

“Nosso trabalho é pensando na melhoria da relação dos ambulantes com a gestão, humanizando o atendimento ofertado aos foliões e as relações entre eles. Fizemos isso no Festival Virada Salvador e foi um sucesso, os ambulantes elogiaram muito. Hoje estamos aqui com um número muito maior de trabalhadores e teremos muito a comemorar com o aprendizado”, enfatizou.

 

No novo processo de cadastramento, desenvolvido pela Prefeitura através da Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (Semit), os trabalhadores ambulantes foram regularizados, facilitando as licenças para eventos na cidade por meio de um cadastro único. As taxas foram isentas, e cada trabalhador receberá um isopor grande e um pequeno, além de todas as ações de capacitação para melhor desenvolver o trabalho de vendas.

 

É importante ressaltar que, conforme previsto nos decretos municipais, não será permitida a comercialização de produtos em carros como prancha, fogareiros, carros de mão, caixotes, churrasqueiras. Também é proibida a venda de bebidas preparadas artesanalmente, além de embalagens de vidro ou louça, sendo substituídas por descartáveis.

Comentários